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Postado por em 29.07.2016 às 17:35 0
Descobrindo novos fármacos

Pesquisa

Quando tomamos um medicamento em forma de comprimido ou cápsula, devidamente receitado por um médico, em princípio confiamos na eficácia do mesmo. Ou seja, esperamos que esse remédio faça um efeito rápido. Contudo, nem sempre é assim, já que, dependendo da doença, os efeitos benéficos do remédio receitado podem demorar a aparecer.

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Descobrindo novos fármacos

Mas, o que explica essa demora? Será que, eventualmente, o médico se engana na indicação de determinado medicamento ou em sua dosagem? Com certeza, essa é uma hipótese remota, pois, certamente, um médico sabe o que faz e o que receita a um paciente. Mas, então, por que alguns medicamentos não oferecem efeitos imediatos, enquanto outros oferecem uma quantidade enorme de efeitos colaterais?

Nos laboratórios do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Javier Ellena dedica-se ao estudo e desenvolvimento de novos fármacos. Ele explica que geralmente os medicamentos são ingeridos em forma sólida, sendo que parte desses fármacos não é de fácil absorção e dissolução pelo organismo. Além disso, nem todas as formulações do mesmo medicamento, que são comercializadas por diferentes empresas, têm o mesmo comportamento no organismo.

Portanto, um remédio que é muito bom para um indivíduo, pode não ser tão eficaz para outra pessoa. E é por isso que muitos médicos alteram a receita de alguns fármacos, substituindo, por vezes, remédios genéricos por medicamentos de referência, que têm preços mais altos e que provocam efeitos benéficos com mais rapidez. Embora essa alteração possa ter um resultado positivo, Javier ressalta que é importante lembrar que uma constante mudança na indicação de fármacos pode ser prejudicial à saúde de um paciente.

Controle de qualidade de fármacos no Brasil

O controle de qualidade dos fármacos no nosso país, segundo Javier, tem melhorado, principalmente, no que se refere à análise dos insumos farmacêuticos que chegam ao território nacional em forma de pós e que, posteriormente, são trabalhados pelas indústrias farmacêuticas. Grande parte dessas substâncias é produzida em países como China e Índia.

De acordo com o docente, hoje o Brasil não tem capacidade de produzir e exportar os seus próprios insumos, tal como a Índia faz, só para mencionar um exemplo. Isso porque ela exporta os citados pós a um custo muito baixo. Mas, embora o preço seja atrativo, a qualidade dos insumos é baixa, e, além disso, muitos insumos que não passam pelo controle de qualidade são disponibilizados às farmácias de manipulação.

Para Javier, se o Brasil tivesse uma política mais agressiva referente à produção de fármacos, seria possível substituir insumos e medicamentos importados por produtos nacionais, o que baratearia o custo da medicina brasileira e poderia, inclusive, destacar o país no mercado externo. Para o docente, estabelecer esse tipo de política é de extrema importância, tendo em vista que a área de exportação de insumos é extremamente estratégica, porque, se países como China ou Índia pararem de produzi-los ou fecharem o mercado de exportação por alguma razão – como, por exemplo, devido a uma guerra -, o Brasil poderá ficar sem medicamentos.

Afinal, como se cria um fármaco?

Para criar um remédio que possa tratar uma doença, como, por exemplo, Alzheimer ou o câncer, é necessário identificar uma enzima ou proteína que esteja relacionada ao surgimento da patologia. Uma vez identificada a substância que provoca a doença, inicia-se a busca por um inibidor, ou seja, alguma molécula que iniba a ação da enzima ou proteína, interrompendo a expansão da enfermidade. Contudo, não basta descobrir a molécula correta, já que para que ela funcione é necessário liberá-la no fluxo sanguíneo, de modo que ela interaja com o alvo da doença (enzima ou proteína).

Mas, obviamente, todo esse trabalho não é fácil. Javier Ellena destaca que há obstáculos para produzir fármacos que tenham ação estável, efetiva, e moléculas de fácil dissolução, bem como para combinar medicamentos. Isso traz novas expectativas para a área de engenharia de cristais. Criada há cerca de dez anos, essa área compreende a modificação de materiais a nível molecular, de modo a desenhar, desenvolver e funcionalizar substâncias para que ajam de maneira específica – ela inclui tanto o desenvolvimento de fármacos como o armazenamento de energia e contaminação ambiental, por exemplo.

Novos fármacos

O pesquisador do IFSC/USP também explica que a engenharia de cristais representa uma oportunidade para desenvolver medicamentos de forma mais sustentável – hoje ainda se utilizam substâncias químicas que agridem o meio ambiente – e torná-los acessíveis a todas as camadas sociais. Nesse sentido, Javier e seu grupo de pesquisa têm estudado medicamentos para a solução de doenças de grande impacto no país, incluindo AIDS, tuberculose, depressão e câncer.

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Prof. Dr. Javier Ellena

O grupo de pesquisa de Javier Ellena, por exemplo, já conseguiu desenhar novas formas sólidas de antirretrovirais para o HIV (AIDS), com o objetivo de torná-los medicamentos mais seguros e de baixo custo. Mais do que isso, seu grupo têm desenvolvido um medicamento, integrado por dois fármacos utilizados no tratamento de infecções causadas por fungos e de alguns tipos de câncer – cólon, esôfago, estômago, reto, seio, cabeça, pescoço, pâncreas, dentre outros. O objetivo dessa pesquisa é juntar esses dois medicamentos que já existem, de modo a melhorar suas formulações, facilitar a ação de ambos os remédios no organismo humano, diminuir os efeitos colaterais e, inclusive, diminuir ou substituir o processo de quimioterapia por tratamentos baseados em fármacos.

Uma série de estudos ainda deverá ser realizada até que essa pesquisa seja concluída, sendo que a expectativa do Prof. Javier é que esse fármaco designado “2 em 1″ chegue ao mercado daqui a aproximadamente dez anos.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Fonte: IFSC/USP


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